Gestão da Carreira

Os desafios do Mercado de Trabalho: Gestão da Carreira

Chances de se aposentar realizando um trabalho do qual nunca se tenha gostado são enormes.

20/07/2009 

É possível se gerenciar a carreira com o apoio da empresa, para isso o sistema precisa estar assentado sobre princípios que representem os compromissos entre a empresa e as pessoas, conforme afirma Joel Souza Dutra no seu livro “Gestão de Pessoas” (2002). Neste acaso a empresa precisa sinalizar claramente ao seu colaborador quais as possibilidades de crescimento existentes e quais habilidades, competências e conhecimentos ele precisa adquirir, bem como deve investir fortemente nos profissionais interessados em galgar degraus na carreira interna. 

Dutra (2002) nos explica ainda que: “Podemos identificar que as pessoas têm forte tendência ao aprofundamento de seus conhecimentos e habilidades em determinada área do conhecimento ou de atuação nas organizações. Ao olharmos para o futuro, verificamos que essa tendência será mantida, porque, com volatilidade cada vez maior das informações e do conhecimento, as pessoas necessitarão dar foco em seu aprendizado, em suas redes de relacionamento, em sua área de especialização”. Em resumo, para dar um norte à sua carreira, o trabalhador deve dar ênfase à atividade ou profissão na qual melhor se adequar e manter ativos relacionamentos que possam ajudá-lo em suas conquistas. 

Ainda baseado em Dutra (2002) reforçamos a necessidade de que cada um de nós, inseridos no Mercado de Trabalho, tenhamos um Plano de Carreira, onde constem os passos e as etapas a serem vencidas para chegarmos aonde queremos chegar (cargo, profissão, valores salariais, nível de colocação no mercado etc.). 

É preciso definir o que, quando e como se deseja ser visto pelo Mercado de Trabalho depois de determinado tempo. Para se construir um plano deste tipo é preciso: 

1) Autoconhecimento: saber quais suas potencialidades, explícitas e implícitas; 

2) Conheça o Mercado: de acordo com o seu CHA (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), avalie as oportunidades presentes no mercado. Saiba onde e como encaixar-se bem e tornar-se realizado; 

3) Defina objetivos: com certa flexibilidade, dê nome e prazos às etapas do seu plano. Exemplo: ser supervisor da área de logística da empresa X (ou em empresa de igual nível) até o mês Z do ano Y. 

4) Estratégias: como chegar lá (cursos a serem feitos, cargos a serem conquistados etc.); 

5) Plano de Ação: defina metas de curto prazo, com números claros (que podem ser mudados se necessário). Exemplo: 
- a) fazer curso técnico de logística na instituição V, em N meses, investindo Z em dinheiro; 
- b) solicitar ao RH da minha empresa transferência para o setor de logística até o dia D; 
- 6) Acompanhamento do Plano de Carreira: a dinâmica dos nossos dias certamente manifestar-se-á neste plano, porém, é preciso ter cuidado para não confundir mudanças com falta de foco, conveniência ou desinteresse. Cada mudança de prazo, valor ou objetivo no Plano de Ação deve vir seguida de séria reflexão. Afinal, neste planejamento residem as possibilidades do trabalhador realizar-se como profissional e também como pessoa. Se com planejamento as coisas não são fáceis, quem dirá se não tivermos um. 

A maior parte de nós brasileiros não fez e talvez nunca faça um plano destes, por falta de orientação, de cultura ou de informação. As chances de se aposentar realizando um trabalho do qual nunca se tenha gostado são enormes. Sendo assim, sugiro que você faça o seu Plano de Carreira e confie no que disse o pensador Goethe: “Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força da sua alma, todo o universo conspira a seu favor”. 

Prof. Adolfo Pereira é especialista em Gestão de Pessoas, Diretor da Adolfo Pereira Consultoria Empresarial, Gestor de Carreira (aconselhamentos), Palestrante Motivacional e Professor Universitário

http://www.incorporativa.com.br/mostranews.php?id=2016

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