Crescimento sem bolhas especulativas

Antes mesmo da divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o crescimento da economia brasileira já está em torno de 4,5%, que considerou ideal para a situação atual do país. A afirmação foi feita hoje (26), na conferência do Ministério da Fazenda e do Fundo Monetário Internacional (FMI), no Rio de Janeiro, sobre o impacto dos fluxos de capitais nas economias emergentes.

Desde o fim da crise, países emergentes, como o Brasil, vêm atraindo grande quantidade de capital, que pode ter como consequência benigna mais recursos para financiar projetos no setor produtivo e desenvolver os mercados financeiros. Mas Mantega lembrou que o fluxo de capitais, escasso ou abundante, é sempre uma preocupação para ministros da Fazenda.

“Já vivemos a falta de capitais no passado. Certamente, é muito melhor perder o sono pelo excesso de capitais do que pela falta, como no passado. Mas, tanto o excesso quanto a falta são problemas que têm que ser administrados. A nossa perspectiva é que continuemos tendo um grande fluxo de capitais nos países emergentes”, afirmou Mantega.

Para o ministro, neste momento, os países emergentes precisam “se defender” e adotar políticas macroeconômicas mais prudentes. Mantega lembrou que, desde o ano passado, o Brasil vem adotando medidas para restringir o crédito, frear o crescimento e contornar o cenário inflacionário, inclusive com restrição de fluxo de capitais.

“Não há outra saída senão limitar os fluxos [de capitais], principalmente com medidas de tributação que diminuem as possibilidades de arbitragem. E estamos tomando medidas para impedir que esse excesso de capitais cause bolhas na economia brasileira, que cause inflação, porque parte do credito vem, por exemplo, para o crédito, e outra parte vai para os mercados. Não estamos permitindo a formação de bolhas nem no mercado de renda variável, nem de renda fixa e, tampouco, no setor imobiliário”.

http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110526153822&assunto=25&onde=Economia

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