PREVISÕES E TENDÊNCIAS MUNDIAIS PARTE 1

ENTREVISTA COM EAMONN KELLY

Especialista em prever cenários anuncia a era da globalização multipolar
Texto publicado em 25 de Maio de 2009 - 07h49

Como será a vida no futuro? O escocês Eamonn Kelly, de 51 anos, é pago para responder essa pergunta a empresas, governos e pessoas em todo o mundo. Formado em drama, sociologia e economia pela Universidade de Glasgow, Kelly começou trabalhando com comunidades carentes da Escócia, ajudando-as a buscar outras formas de ocupação, após a falência da indústria de carvão local. "As pessoas buscavam os mesmos empregos do passado e eu queria ajudá-las a encontrar alternativas no futuro", conta.
O talento para estudar e prever cenários transformou-o em um dos mais requisitados futurólogos mundiais. Após prestar serviços para a agência de desenvolvimento econômico do governo escocês, Kelly foi chamado para compor a equipe da Global Business Network (GBN), uma das maiores consultorias de projeção e análise de cenários, absorvida em 2000 pelo Monitor Group. "Sou um grande contador de histórias sobre o futuro", brinca ele.
Mas suas histórias são levadas bastante a sério. As análises da GBN já foram solicitadas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, entre outros governos. As companhias, porém, são suas maiores clientes, principalmente depois da crise financeira. "Pela primeira vez em 20 anos, elas não têm nem sequer uma ideia sobre o futuro. Todos estão muito confusos", diz o consultor. Utilizando cinco variáveis - social, tecnológica, ambiental, econômica e política -, ele tem ajudado os empresários a traçar estratégias de longo prazo em tempos de incerteza global.
Em entrevista ao Estado, o futurólogo escocês afirma que a crise vai acelerar mudanças estruturais que já vinham ocorrendo há alguns anos. Entre elas, o nascimento de uma globalização "multipolar", no lugar da ditada pelos países ricos ocidentais, a revisão das regras de comércio mundial e uma nova forma de consumir bens e serviços. No mundo "pós-globalização ocidental" imaginado por Kelly, as pessoas também vão trabalhar e viver de um jeito diferente. A seguir, os principais trechos da entrevista.

(VEJA NA PARTE 2)

Fonte: O Estado de S.Paulo
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=22770

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